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Todos os Dias confirma o esperado após os dez primeiros minutos de projeção; trata-se de um filme sobre o cotidiano que beira o realismo, no caso, uma família que vive no interior da Inglaterra, cujo patriarca (John Simm) está preso enquanto a mãe (Shirley Henderson), vira-se como pode, em trabalhos que mais parecem bicos, e com uma pequena ajuda da avó, para tentar educar os seus quatro filhos.
Coerência à parte no trabalho de Winterboom, roteirista
do sucesso cult A Festa Nunca Termina (2002),
o filme tem pouco a dizer. Não são raros os momentos em que os planos abertos
aparecem para mostrar a (bonita) vista da Inglaterra rural, suas criações de
ovelha e cabras. No entanto, tais vislumbres são feitos à exaustão, e ainda
ritmada por músicas que forçam uma sensibilização junto ao público.
Nota: 4,5
Ficha Técnica
Todos os Dias confirma o esperado após os dez primeiros minutos de projeção; trata-se de um filme sobre o cotidiano que beira o realismo, no caso, uma família que vive no interior da Inglaterra, cujo patriarca (John Simm) está preso enquanto a mãe (Shirley Henderson), vira-se como pode, em trabalhos que mais parecem bicos, e com uma pequena ajuda da avó, para tentar educar os seus quatro filhos.
O filme,
dirigido por Michael Winterbottom,
começa como termina. Não se sabe a fundo sobre a família, o pai Ian recebe visitas constantes de sua
esposa e seus filhos, à medida em que eles estudam no colégio e voltam para
casa para assistir televisão. A mãe tenta suprir a omissão forçada de Ian da melhor forma, para não deixar a
casa vir abaixo. E em pouco menos de 90 minutos acompanha-se a rotina desta
família, às vezes confundida com documentário, devido a câmera incisiva e
invasiva de Winterboom.
Peculiaridade
antes vistas em outras produções com viés político, como Bem-vindo à Sarajevo (1997), O
Caminho Para Guantánamo (2006) e In
This World (2003), que faz um relato da imigração afegã para Inglaterra.
Em Todos
os Dias, deixa-se o plano macro de lado para fazer um recorte micro,
sobre a família em questão.
“Todos os Dias”: rotina de uma família com pouco a dizer

Este realismo exercido em
Todos os Dias, nu e cru da vida campestre, faz um contraponto desnecessário
quando entramos em grandes planos. A vida que a família leva, por si só, já
denota angústia e que o cotidiano é duro e sofrido - par os padrões ingleses. A impressão
causada no longa é a ausência de um desenvolvimento mais contundente que
despertasse o interesse do público.
Por: Tiago Canavarros
Nota: 4,5
Todos
os Dias (Everyday)- 106 min
Reino Unido– 2012
Direção: Michael Winterbottom
Roteiro: Michael Winterbottom e Laurence Coriat
Elenco: Shirley Henderson, John Simm, Shaun Kirk, Laurence Richardson, Johnny Lynch.
Estreia: 17/01
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